Lua




O tempo não espera por mim
as noites gélidas não têm fim
o luar azul a reflectir perigosamente
nos pensamentos desordenados da mente
a última luz desaparece
a invasão solitária desvanece
fica a Lua
e a sua eterna cura...






Floresta de sonho




Atravesso a floresta a sonhar
com os olhos vazios, que nenhum olhar compreende
é isto um sonho ou são os meus olhos que a vêem,
uma mulher misteriosa com um manto escuro
negro como os seus olhos, macio como o veludo

Vestígios cortantes de uma alma amordaçada
grito por ajuda, corro no seu encalço
atrás da floresta de sonho, que me faz sinal de morrer
e num piscar de olho, entre choque e dor,
entre o poder e o querer

O meu rosto olhou-me: A mulher eras Tu




Madrugada azul



Saudade escondida nas sombras da luz
sorriso melancólico que se reproduz
no imaginário inocente encoberto
da felicidade radiante do incerto

Primeiro Amor agora descoberto
sob um manto azul desperto
que cobre a timidez reflectida
da uma nova alma sonhadora contida

Madrugada azul embelezada
pela saudade sorridente iluminada
cruzada pela incerteza do destino
novo rumo trilhado pelo desconhecido