Vampiro



Absorvo o teu reflexo
Como o de um vampiro no espelho
Sacio-me com o teu perfume
Que me preenche o desejo
A tua pele clara e desnuda
Fervilha-me o sangue regelado
Cria-me suores dolorosos
Que se deleitam no ceio do afago
Espinhos cravam-me a mente
No prazer da luxúria
A ira balança no limbo
Na saudade cravo a sua cura




Sinto


Ausente sinto
ardor faminto
ritmo de ternura
ardor sem cura
ausência capaz
do céu será
tela sem tino
dor no limbo
procuro o infinito
procuro o destino
encontro a alma
sedenta de fama
fado em mim
sentinela ausente
guarda sem mente
Desejo sem Fim







Ardo neste fogo que me consome o desejo
Sinto-te







Pecado





Pecado erudito
Invade-me a alma
Segredando fantasias
Que afagam a chama
Pecado errante
Percorre-me as veias
Tóxico viciante
Ópio dominante
Do consumo carnal
Do chamamento animal
Pecado escondido
Nas sombras do mal